A novela do pingente na carta

No último post que fiz sobre a Imagem Folheados, coloquei a foto do colar com pingente de coração, que achei lindo, aliás, não só eu. Assim que viu a foto, a leitora Mi quis logo saber como comprar. Eu sugeri que ela sacasse direto na loja, mais barato e com frete grátis, mas como ela só queria mesmo o colar (na Imagem valor mínimo da compra é R$39,90), preferia comprar comigo.

A gente combinou que eu ia perguntar numa agência do correio se, já que é um objeto tão pequenininho, eu não poderia enviar por carta, ao invés de encomenda, assim a gente economizaria no frete. A joinha é que eu adoeci logo depois, fiquei sem sair de casa, tossindo feito uma condenada. Quando melhorei, tive que ir ao centro da cidade, aproveitei e passei no correio.

No início eu pensei em botar o colar junto com um papel dobrado num envelope e dizer que era um cartão com coisinhas em alto relevo, mas depois me senti idiota por querer fazer isso. Me enchi de honestidade e perguntei à mocinha do correio:

― Moça (hihihi, tenho oito anos), eu queria enviar esse colar por carta. Pode ser?
― Não, tem que ser como encomenda
― Então quanto ficaria pra São Paulo? (esqueci que Mi é de Santa Catarina)
― Capital?
―É
― R$12 (12 e uns quebradinhos que não lembro agora)
― R$12 pra enviar um objeto de 5 gramas?
― Objeto de até 300g é esse valor.

Saí desolada da agência e meu namorado teve reações muito engraçadas, as frases que ele dizia eram impagáveis. "Você age de acordo com o sistema, ele vem e te apunhala pelas costas" (hahaha), ou "É, às vezes é mais barato trazer de Hong Kong".

Esse segundo belo aforismo (hihihi) me deu um desânimo gigantesco. É bem bizarro pensar que paguei US$9 (mais ou menos R$17) pra que uma palette viesse do outro lado do planeta e tenho que pagar quase R$13 pra que um colar menos pesado que um biscoito, menor, muito menor, que um chiclete vá só até outro estado. É mesmo desanimador, meninas.