Sobre o que se gosta

A cada dia, eu perco menos tempo com coisas que não gosto. Acho que, pouco a pouco, a gente deixa de cultivar aquela vontade bobinha de perder tempo vendo o que acha ruim, feio e chato, só pra ter a sensação de que tá um pouco acima disso. Não porque é certo ou errado, por isso ou aquilo, mas porque não tem graça.

Leva tempo catar erros dos outros, classificar, catalogar e, pretensiosamente, corrigir. E o processo mental disso é desgastante, cria uma falsa sensação de que tudo o que há ao redor é ruim. Faz com que a gente feche os olhos pra coisas bonitas.

E faz tempo que procurar coisas bonitas é o ponto alto do meu dia. Coisas que inspirem, que dêem vontade de fazer das suas coisas, bonitas também. Viver não é lá a coisa mais fácil do mundo, e vai ser ainda menos se você dedicar mais tempo livre odiando algo. Pior, cultivando ódio a algo.

Não é fácil, mas tamo aí. Um dia, a gente vira craque.