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Um livro, um filme e pequenas obsessões

Como toda criança, eu ficava mega ansiosa pra ver os livros novos de cada ano do colégio. Os das outras matérias nem eram tão interessantes, na verdade, mas o de português era matador sempre. Antes das aulas começarem, eu já tinha lido todas as tirinhas (um beijo pra quem percebeu que quadrinhos em livros didáticos são amor puro), os textos (só os que pareciam legais) e o que mais de interessante pudesse haver.

O livro da sexta série foi o melhor de todos. Mermão, era fantástico demais. Os textos eram todos muito bem escolhidos pra pessoinhas de 11 ou 12 anos, mas sem subestimá-las. Tinha Stanislaw Ponte Preta, Luís Fernando Veríssimo, Moacyr Scliar e mais um monte de caras que faziam a gente ficar com vontade de ler mais coisas deles depois.

De todos os contos, as crônicas e outros textos do livro, o que mais me pegou, me deixou Linkobcecada mesmo, foi um trecho d'O Apanhador No Campo de Centeio, de J. D. Salinger. Pra quem leu, é aquele trecho em que o Holden descreve o assobiador (e, pra nossa sorte, Fernanda já transcreveu). Ao mesmo tempo em que eu fiquei obcecada pelo livro ali mesmo, só li há poucos anos, quando já tava na faculdade. Passei anos cultivando a obsessão (quem nunca?). E não me frustrei, porque o livro é fantástico e Holden Caulfield é um dos personagens mais apaixonantes que eu já vi. Eu nem sei o que escrever sobre o livro, além de que ele me emociona e cria uma identificação gigantesca.

Quando eu era criança (da mesma idade do trecho aí de cima), não podia assistir tudo que eu queria na TV. Algumas coisas passavam tarde e outras, bem, não eram pra criança assistir mesmo e, por isso, passavam mais tarde ainda. Alguns filmes tavam nessa categoria: eu tinha curiosidade de assistir mas, ao mesmo tempo, sabia que não eram pra mim. Kids, por exemplo, passava direto na Band e eu nunca tive coragem de ver, porque só pelas chamadas já parecia bem assustador pra minha cabecinha ingênua.

Outro que me dava a maior curiosidade, mas que não parecia assustador, era Três Formas de Amar. Toda vez que passava a chamada desse filme, eu ficava meio perplexa, porque era a história de dois mocinhos e uma mocinha que se viam em uma relação de amor. Três pessoas em uma relação. Gente, era a negação - ou pelo menos a flexibilização - do que minha cabeça infantil achava que o amor podia ser. Era muito fascinante imaginar como esse filme podia ser, como seria a história de cada personagem daquele. E, assim como o livro, demorei séculos pra assistir.

Aí, esse ano, com minha pequena obsessão por The Good Wife, que gera uma natural obsessão por Will Gardner (quem assiste me entende, certeza), fui procurar filmes com o ator Josh Charles, que faz o Will. E não é que ele é um dos três personagens principais de Três Formas de Amar?

Adoro coincidências. Assisti ao filme e, numa das primeiras cenas com os três, eles falam sobre O Apanhador No Campo de Centeio e começam a se comparar aos personagens. Outra coincidência, pra mostrar como essas obsessões se cruzam.

O filme é lindo. Primeiro porque tem aquela estética da primeira metade dos anos 90, que me faz nem reparar em qualquer defeito e depois porque essas histórias de mudanças e descobertas na universidade dificilmente são ruins. Além disso, os personagens são muito carismáticos, os conflitos têm cara de vida real e quando o filme acaba, dá até saudade.

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E esse post gigante era só pra dizer que ler esse livro e ver esse filme vale muito a pena, mas qual seria a graça de sugerir as coisas sem contar as histórias que fazem com que elas signifiquem tanto pra gente? Então, fica aí a dica, aproveitando o fim de semana. :)

Foto do livro daqui e foto do filme, divulgação.

10 comentários

  1. Não assisti o filme, mas já li esse clássico do Salinger. Engraçado que eu também vim ler na faculdade e que uma primeira motivação surgiu por causa de um trecho de livro didático de Português :)Amei o livro; é simplesmente incrível *-*
    Beijo e se cuida,
    Bibiana

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  2. eita Dani, tu é quinemqui eu!

    O panhador li em Sampa, num das férias mais tensas e inesquecíveis que tive por lá. foi indicação de um primo do meu pai, pouco mais velho do que eu, e nessas férias nós começamos um rolinho (que durou mais umas 3 férias)...

    nessas obsessões eu tb sou mestra... minha loucura por Rupert Grint me fizeram ver mais 3 filmes dele, todos três espetaculares (driving lessons, cherrybomb e wild target)

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  3. Ah, para mim uma indicação apaixonada e cheia de significados é a melhor forma de convencer alguém a fazer algo. Eu sou obcecada por literatura e nunca dei chance ao apanhador, já tinha ouvido falar, mas não lembro de ter lido algo sobre. Vou seguir seu conselho e depois te conto o que achei!!
    Ah, li uma coisa hoje que me lembrou demais aquela sua postagem sobre simplicidade. Óia:

    "Sabedoria é arte de provar e degustar a alegria, quando ela vem. Mas só dominam essa arte aqueles que têm a graça da simplicidade. Porque a alegria só mora nas coisas simples."
    (Adaptação, Rubem Alves, in Concerto para Corpo e Alma)

    Não tinha como não passar por aqui e te mostrar isso! :)

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  4. Já assisti várias vezes esse filme,adoro,de verdade,agora o livro ainda não tive a oportunidade de ler,preciso dele com urgência,pois já é a terceira vez que leio algo sobre este livro,ele está me perseguindo,deve ter alguma coisa nele que preciso saber...
    Um beijo

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  5. oFILME NAO ASSISTIR , ADORO TAMBEM LER AS TIRINHAS DO LIVRO DEPORTUGUES E MAIS DIVERTIDO PRA MIMDO QUE LE EM UMA RESVISTINHA

    daprafazersozinha.blogspot.com

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  6. Vanessa Batista30/01/2012, 10:00

    Que dica massa Dani!
    Nunca tinha ouvido falar desse livro!Voudá uma procurada!parece ser mto bom!
    =)

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  7. sempre lia todas as tirinhas do livro... Hagar, recruta Zero, cobras...aiai
    e ai vc chaga na prova do mestrado e tem q ler um romance do Scliar e descobre q tem q continuar amando o cara...!
    (O Centauro no Jardim - adorei)

    excelente post, as usual
    @joyscor

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  8. Eu adoro esse filme! Sempre que alguém fala de nomes que são masculinos e femininos eu lembro dele!
    E a rede de associeções é ótima!
    Beijos

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  9. os três também me marcaram demais! sobretudo o Apanhador, que tenho e já li umas muitas vezes. além disso, acho que é o presente que mais dei pra "gente legal".

    agora, o que mais me chocou foi ver que Will Gardner era um dos vértices do triângulo amoroso de "Três formas de amor"! Tô bege. Ele não me era estranho mesmo sabia que já tinha me encantado com ele antes...

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