Calendário do amor

Contar os dias é muito chato. Numerar cada pedaço de tempo um a um só é legal quando a gente espera por algo maior que esses números, mesmo porque, a tentação diária de não contar com o que vem e deixar as expectativas de lado pra viver mais de leve é sempre grande.

Por outro lado, quando chega a noite, você pensa: o que foi meu dia hoje? Foi de trabalho, foi de surpresas, quanto de coisa boa aconteceu? Acho que todo mundo faz esse apanhado e deve ter sido meio nesse espírito que foi criado o calendário mais legal que eu me lembro de ter visto.

Tudo bem que já tamos na metade do ano, mas como o assunto não são os números, pouco importa.
Ele consite, basicamente, em um coração pra cada dia, dividido em quadrantes, pra você marcar quanto teve de amor. Imagina, toda vez que vai preencher, o cidadão deve acabar focando nas horas de coração cheio. Talvez, depois de um tempo, acabe virando alguém que vive em função de reparar mais nas coisas boas, se prender mais a elas que às ruins.

Não sei. Talvez eu esteja dando responsabilidade demais a um calendário, mas não custa nada desenhar uns trinta corações por mês e brincar de preenchê-los toda noite. Vai que a brincadeira dá resultado. ;)