Olhai com carinho os brincos baratos

Meu deus do céu, como eu tava com saudade de comprar bijuteria barata. Daquela que você desacredita do preço, sabe? Daquela que você enche a mão e, quando passa no caixa, não deu nem vinte reais. Dessa aí mesmo.

Ultimamente, matei minha saudade pra valer. Comprei brinco, colar, coisinhas de cabelo, enfim. Mas o que me fez mais feliz nessas compras foram algumas peças que, na real meeesmo, nem eram bonitas, mas tinham potencial e basta um ajustezinho pra mudar a cara do negócio. Pra bem melhor.

Tava eu na Prius, aquele paraíso na Terra (Fica na Rua Imperatriz, no centro do Recife) e vi um brinco que mexe com meu coração de diversas formas. Adoro brincão geométrico, com cara de retrô, leve e com materiais que não sejam nenhum metal. E custando R$2,35 então?

E não é que o dito cujo era tudo isso? Só tinha um problema, era feio. Pelo simples fato de que os chineses fazem bijuterias bem legais até, mas não sabem a hora de parar. Quando o negócio tá bom, eles pensam "ah, tá faltando um strassezinho", "nossa, eu que não vou colocar no mercado um negócio que não brilha no escuro". Aí, saca só no que deu.

Cês tão vendo que o bichinho é feio mas tem um potencial? A cor é linda, um azul bem profundo, o preço é quase um presente, ele tem a vibe retrô daqueles brincões coloridos de décadas atrás e, ao mesmo tempo, é todo irregular, o que faz dele moderninho.

Já ciente da providência que ia tomar, comprei.

Em casa, catei o dito cujo, abri a argolinha que liga as duas partes, tirei os balangandãs dourados e, tchanram, ganhei um brinco do jeito que eu queria.

Tô muito feliz com o resultado e deixo aqui essa lição que eu aprendi: não existe brinco (barato) feio, existe brinco precisado de uma ediçãozinha rápida. ;)