Depilação a luz pulsada em casa {ou por que comprei o Philips Lumea}

Acho que já comentei com vocês que eu tenho dermatite atópica, o que quer dizer, mais ou menos, que tudo pode me dar coceira. Alergia, calor, frio, pele seca, estresse, tudo isso pode desencadear uma reação na minha pele que cria placas vermelhas que não param de coçar, me enlouquecem, machucam, deixam cicatrizes e tudo mais. Isso é uma coisa que nasce com você e não tem cura, ou vai embora sozinha ou você convive com a infeliz a vida toda.

Por causa da dermatite (que veio se manifestar há poucos anos), eu tenho uma pele bem sensível que exige uns bons cuidados. Quem tem esse ou outro problema de pela sabe como é. Hidratantes hipoalergênicos (e caros, principalmente no Brasil), sabonete especial, roupas de algodão e outras coisinhas a que a gente se acostuma pra evitar crises.

Só uma coisa é meio sem solução: depilação. A lâmina raspa a pele e leva um bocado junto, já a cera arranca o couro junto com os pelos. Se isso já é ruim pra uma pele normal, imagina pra uma mega frágil. O alergista chegou a sugerir que eu cortasse os pelos das pernas com uma tesourinha pra evitar o atrito da depilação. IMAGINA A CENA: eu segurando uma tesourinha e olhando pras pernas cabeludas sem saber por onde começar. Agora imagina, depois de duas horas cortando, constatar que o resultado ficou uma derrota. Enfim, não dá. Se eu tivesse o desprendimento de dar um nevermind e viver peluda de boa, seria mais fácil, mas não cheguei a esse nível de autoconfiança.

Daí que decidi fazer depilação a luz pulsada. Conversei com algumas moças que fizeram, pesquisei um bocado sobre dermatite e luz pulsada, chorei internamente por causa do preço mas já tava decidida. Até que li sobre aparelhos pra fazer essa depilação em casa. Tinha alguns já sendo vendidos no Brasil por mais ou menos R$1.500,00, mas eles tinham algumas limitações tipo não poder usar no rosto (e o que eu ia fazer com meu bigode?) e o principal, o fato de nunca ter ouvido falar no fabricante. Nessa época, descobri que a Philips tinha uma linha bem completa já há um tempo sendo vendida em alguns países. Me chamem de besta, mas fico muito mais segura de usar uma coisa assim, delicada, sabendo que é de uma empresa conhecida, presente no país há muitos anos, com uma marca muito forte a defender e tal. Tudo que eu penso é: se der errado, é mais fácil conseguir recorrer a Philips que a uma marca que nem sei se tem sede no Brasil. Então resolvi esperar a Philips lançar o Lumea por aqui e ir me virando com a lâmina.

Preço
Uns meses depois, vi que já tinha pra vender o Philips Lumea Precision (único modelo que chegou aqui até agora) em algumas lojas virtuais. Aí voltei às pesquisas e li milhares de resenhas gringas sobre ele. Como só vi resultados positivos, resolvi comprar. Difícil era aceitar o preço.

No Reino Unido, essa belezinha custa 400 libras, o equivalente a quase 1.600 reais. Mas claaaro que tinha que custar muito mais no Brasil porque, afinal de contas, somos todos ricos. No Submarino e nas Americanas, ele tava por R$3.000,00 e na Balão da Informática, tava por R$2.500,00 no boleto. Eu já comprei algumas vezes lá, então sabia que tudo chegava direitinho. É muito dinheiro sim, dá pena sim, minha suada poupança ficou bem mais pobre sim. Mas resolvi fechar os olhos porque ainda sai mais barato que pagar as sessões de um tratamento completo numa clínica de depilação. Ou seja, é um gasto que vai se pagar a médio/longo prazo.

Depilador
O Philips Lumea Precision vem com dois bocais, um pro corpo e outro pro rosto e áreas sensíveis. Ainda sobre sensibilidade, você pode fazer muitos ajustes de intensidade do feixe de luz de acordo com a sua pele. Eu li o manual com o máximo de atenção e pretendo reler antes de usar, porque ele é cheio de recomendações e não quero descuidar de nenhuma. O aparelho tem a tecnologia adaptada pra usar em casa com segurança, mas não dá pra ser de qualquer jeito. A vida útil dele é medida em disparos, um bichinho desses faz em média 80.000 disparos até não prestar mais.

Uma coisa importante é que, como a luz pulsada depende do contraste do pelo com a pele pra funcionar, não rola pra quem tem pele clara e pelos claros ou pele escura e pelos escuros. Funciona melhor pra quem tem pele clara ou média e pelos escuros.

Trechos do manual

Teste
No manual, ele diz que você não deve usar o aparelho se estiver bronzeada nem se expor ao sol até 48 horas antes. Ia testar na sexta, mas como passei a quinta no centro da cidade sem protetor no corpo, resolvi dar um tempo. Hoje, vou fazer o teste de pele que, basicamente, é escolher uma pequena área do corpo e usar só nela o aparelho. Primeiro, com a potência mínima e, depois, aumentando gradativamente pra ver até onde é confortável pra você. A orientação da marca é nunca ultrapassar o limite do conforto, que acaba sendo da segurança também.

Semana que vem, já vou ter feito a primeira "sessão" com o Philips Lumea e conto minhas impressões. Vou mostrar a evolução do processo pra gente ver se, daqui a um tempo, se eu vou estar mais pra Tony Ramos ou Lex Luthor (CREDO!).

Não sei se esqueci alguma coisa, mas quem tiver dúvidas pode ficar à vontade pra perguntar nos comentários. ;)