Medo de dentista

Ai ai, nunca pensei que quem escova os dentes direitinho e coisital, poderia ter que fazer canal um dia, na verdade eu sequer sabia o que é um canal. Mas, sabem como é a vida, um dentista faz mierda, aí o dente quebra dali e você, leia-se eu, ao invés de ir correndo resolver isso com um odontologista decente, fica com medo e demora. Pronto, tá feita a porcariada.

Ontem foi minha segunda, de provavelmente quatro, consulta do tratamento de f*cking canal. Antes de marcar a primeira, eu fiz todos os meus amigos me dizerem se ia doer, fiz Alanna perguntar à mãe dela, odontologista, se ia doer, passei muito tempo torcendo pra que não doesse, porque eu, meninas, tenho que confessar, não sou durona. Se tiro sangue, passo o dia com o braço esticado e, pelo menos, duas horas com o algodão em cima do furinho. Antes eu podia agir assim em paz, hoje até finjo que sou forte, mexo o braço, jogo o algodãozinho fora logo, as pessoas não aceitam que uma adulta aja como criança, o que me leva a dizer que as pessoas são feias e chatas.

Durante as consultas, quando ela cutuca meu dente com toda a sorte de instrumentos medonhos que só os dentistas têm, eu nem sinto muita coisa. Já furou, futucou, mediu raízes, essa coisa toda, sem anestesia, e eu nem dei vexame, mas é impressionante, saio do consultório e a dor começa. Da primeira vez foi limpezal, passou em algumas horas, mas ontem foi o fim, latejou o dia todo, só melhorou quando tomei um anti-inflamatório. Hoje eu tava até bem, falei alguns minutos no telefone com Lila (é aniversário dela =]), outros minutinhos com meu boy e a dor veio avassaladora.

Não havia comprimido que desse jeito, qualquer vibração ao meu redor fazia minha gengiva ameaçar explosão. Clicar no mouse fazia doer, raciocinar era impossível, escrever no blog então, inimaginável.

Bendito seja o análgésico o o anti-inflamatório da noite, que tão me permitindo escrever esse post sem um pingo de glamour, quiçá sem dignidade, pra vocês, mas, pelo menos, sem dor.