Sobre BBB, André Marques, Natália e pedir penico

Fiquei toda besta, tenho que dizer: duas moças (pra mim é muito) comentaram num post que sentiam falta do tradicional post do Ricota sobre o BBB. Eu chamo de tradicional porque acho que eu devo ter feito mais de uma vez, o que configura tradição na minha escala.

Com tantos pedidos (hohoho), eu tinha que falar alguma coisa a respeito, mas - vejam só - não tenho nada a falar. É que, como eu já disse, tenho acordado às cinco e meia da manhã, então nem saquei a novela nem tenho acompanhado o Big Brother. Eu acho uma pena porque vi as dez edições anteriores, mesmo a dois, a três e a quatro, que foram umas porcarias.

Acho bom, e imagino que já falei isso em algum momento por aqui, ver aquelas pessoas curtindo o ócio, ficando paranóicas, agindo, mesmo que quase dirigidas, de um jeito um pouco menos ficção que a ficção.

Eu também gosto de me surpreender ao começar a gostar de alguém que não tem nada a ver com as pessoas de que eu costumo gostar. No BBB nove eu torci pra Priscila, minha gente, e ainda me surpreendi com o tanto de inteligente e equilibrada ela era. Provavelmente, se eu não a tivesse visto no Big Brother, mas na rua, ia criar mil preconceitos. Sou totalmente avessa à idéia de que entretenimento precisa ter conteúdo e, mesmo assim, acho que o BBB tem. Não para crianças, não pra passar cedo, é bom dizer.

Mas aí a galera abusa. A edição 11 é um saco completo. Do pouco que eu vi só me lembro dos bocejos que dei, até as brigas são entediantes. Aí o diretor resolve silviosantear a coisa, o que já tinha acontecido algumas vezes na temporada passada: cria regras bizarras, primeiro libera a porrada, depois deslibera (Ministério Público, muito obrigada por existir. Aliás, Boninho chama de censura o Estado não permitir que ele deixe que geral se esbofeteie na TV), aí, quando vê tudo perdido, entope geral de vodca e paga pra ver.

Aí nesse dia, eu, que não tinha visto quase nada, caio na bobagem de sacar uns textos sobre a festa, ficar curiosa e ver um vídeo da festa. Deu pra mim, galhera, ver a mocinha bêbada o bastante pra se passar com André Marques foi demais. Saudade do periguetismo chic de Priscila. :P

Enfim, meninas, fiquei feliz com o beijo de Diana e Michely, com aquela naturalidade, passando na TV de milhões de pessoas que não encaram isso com naturalidade. Até fiquei feliz do BBB ter esse papel, mas aí veio a outra festa e eu tive que ver o apresentador decadente de um programa decadente ir "atacar de dj" em outro programa e sair com a mão agarrada na calcinha da participante. Já foi demais pra mim.

Pra completar, Michely quase entrou em coma alcoólico e Paula teve convulsões de manhã. Mas tá beleza, daqui a pouco Boninho libera carreiras quilométricas de pó pra geral nas festas e, "com sorte", temos uma overdose no pay-per-view.

Estilei pra valer, acho difícil assistir alguma coisa dessa edição ainda.

PS: apesar das tosquices da direção, meu namorado tinha me mostrado um post interessante de como o elenco do BBB 11 contribui pra desacreditar alguns sexismos e preconceitos contra homossexualidade. Tá aqui ó: Ariadna É um Puta Nome.

PS2: não sei se é em todo lugar, mas "pedir penico" é "desistir" nessas terras daqui.