{seriado} The Good Wife

Juro a vocês que faz muitos meses que quero escrever esse post, porque há tempos adoro esse seriado, mas gosto tanto e tenho ânsia de comentar tanta coisa sobre ele e os personagens que sempre desisto de escrever. Eu penso "se fizer agora, vou esquecer alguma coisa" ou "agora não tenho tempo de escrever todos os detalhes importantes", enfim, gosto tanto que criei uma expectativa absurda pela hora de falar sobre e acabei não falando.

Resumindo, The Good Wife é sobre Alicia, uma mulher que largou a carreira no Direito pra tomar conta do marido - Peter - e dos filhos, então, um dia explode na imprensa um escândalo político e sexual do tal marido, que é promotor. Ela resolve não se separar dele, que é preso e tudo, e fica com uma imagem de esposa resignada.

Com o marido na cadeia, ela volta a trabalhar como advogada, mas não em qualquer escritório, mas no do seu antigo affair de faculdade, Will Gardner (suspiro). Então cada episódio foca em um caso jurídico em que Alicia tá envolvida e na vida pessoal dela, com as vibes de se recuperar, cuidar dos filhos, ficar a fim de Will de novo, conviver com a relação com o marido, enfim.

Olhando assim, até parece uma série meio mulherzinha demais, mas não se enganem, moças. No começo Alicia até se envolve em casos muito femininos e o lado mãe dela aparece bastante, mas conforme a vida se estabiliza e a série ganha pulso pra valer (lá pelo quinto ou sexto episódio), abandona todos os clichês que a sinopse pode fazer você esperar.

Aliás, meu medo era que fosse um seriado com a fórmula batida de seriados jurídicos, mas muita coisa faz com que não seja assim:

Os irmãos Tony e Ridley Scott são dois dos produtores da série, o que já te deixa confiante, afinal, eles não iam colocar seu nome nos créditos de qual quer porcaria.

Tudo é interligado: eu sempre gostei de seriados policiais, desses bem clichezões mesmo, em que cada dia é um caso e que aparece muito pouco da vida pessoal de cada investigador, tipo Cold Case, mas em The Good Wife (além dele não ser policial, ser jurídico) é diferente, porque os personagens do trabalho são também da vida pessoal dela, assim como muitos deles têm ligações com o trabalho e a vida do marido de Alicia.

A trama é muito bem construída: diferente de outros seriados do tipo, esse tem continuidade. Os episódios dependem dos anteriores e tudo é muito bem amarrado. Cada novo fato aparece no momento ideal.

Os personagens são ótimos: série boa é aquela em que você se apaixona por um monte de gente nela, e quem me segue no Twitter já viu quantos coraçõezinhos eu coloco lá pra Kalinda, Cary, Will e companhia a cada vez que assisto um episódio.

O texto é bom: às vezes a trama é boa, os personagens têm carisma, mas o texto é tão mais ou menos, ou tão pretensioso e abarrotado de clichês que expulsa. The Good Wife é é boa em tudo isso.

Pra completar, a série pode até não ser mulherzinha, mas investiu pesado no elenco - e nos personagens - masculinos pra conquistar as espectadoras:

Peter
Ninguém escala o ator que viveu o Mr Big à toa, né? O marido traidor de Alicia tinha que ter algum atributo que fizesse as mocinhas que assistem o seriado pensarem duas vezes antes de rejeitá-lo.

Will
Fosse eu Alicia Florrick, já tinha tomado minha decisão. Sou time Will Gardner e, a menos que nos próximos episódios aconteça alguma coisa que me faça mudar de idéia, ele é a melhor escolha mesmo.

Cary
Adoro. E ele é o personagem que mais amadurece conforme o tempo passa. Ele fala baixo e meio susurrado e isso é crucial pra ala feminina pirar na batatinha. =)

Blake
esse eu coloco contra minha vontade, nunca fui com a cara dele, mas uma vez tuitei sobre como pago pau pro Will e uma moça me respondeu dizendo que prefere Blake, então acho que ele tem sua parcela de admiradoras também.

E as mulheres da série:

Alicia
Começa tímida e frágil, mas com o tempo deixa de se envolver tanto com os casos, de se comover tanto com as queixas dos filhos e fica menos besta e mais legal.

Diane
Sócia de Will e chefe de Alicia. No começo, o que mais me chama atenção é o lifting pesado que ela deve ter feito no rosto, mas depois não tem como não adorar, é uma personagem bem massa. Sem contar que adoro a gargalhada dela.

Kalinda
Essa é top. A mais esperta, a mais misteriosa, a mais apaixonante das personagens femininas. Não tem quem não adore.

A série já vai no 19º episódio da segunda temporada.

Mais coisa:

# Amo Eli Gold, minha gente (ele não aparece no começo, entra depois). É impressionante como ele cresce na história.

# Michael J. Fox também entra na série. Acho que geral sabe que ele tem Mal de Parkinson (descobriu aos trinta e poucos anos, coisa rara, já que a doença tende a se manifestar em pessoas idosas), então acabou ficando com algumas limitações motoras, que são muito bem tratadas na série. Amor eterno aos roteiristas. Além disso, ele continua sendo um ator muito bom, e com um puta carisma.

# Por falar em participação, America Ferrara, a Ugly Betty, também aparece.

# Julia Marguiles, a Alicia, já ganhou três prêmios pela atuação na séria, inclusive o Globo de Ouro.

Assistam mesmo, moças (se é que vocês já não assistem), garanto que é boa. ;)