Buenos Aires - O almoço mais gostoso da viagem

Acho que a minha única frustração da viagem foi não ter ido a todos os lugares que me indicaram (aliás, muito obrigada por cada dica, meninas) porque, pra dar conta de tudo, tinha que ser pelo menos um mês de viagem (quem me dera!). Mas algumas coisas, eu consegui conhecer e, gente, esse restaurante tá no grupo de lugares que eu queria apagar da memória apenas pra poder conhecer de novo. Sério.

No Instagram, Nathalia me deu a dica (gratidão eterna é pouco) de provar o risoto de rúcula do Baraka, que era de comer de joelhos. Aí, já no penúltimo dia de viagem, aproveitei que não tinha tomado café da manhã e resolvi almoçar lindamente, com todas as etapas. Cheguei ao endereço, que era pertinho do apartamento, e vi que o restaurante tinha mudado de nome pra Marathika (mas continua Baraka nas redes sociais). Pedi o risoto e a moça simpaticíssima que me atendeu avisou que não tava saindo com rúcula, mas com verduras vermelhas. Topei e, dois minutos depois, ela trouxe o couvert. 

Aliás, pausa pra dizer como é amor puro o fato de quase todo restaurante em que eu comi servir um couvert tão bom. No Marathika, os pães eram feitos com ervas e vegetais misturados à massa. Comendo os pãezinhos, me deu um desejo louco de café e resolvi pedir um capuccino pra esperar o almoço. Meio nada a ver, mas desejo é desejo e tem que ser respeitado, certo?

Tava delícia, ainda mais junto com os pãezinhos. Tive que me controlar pra não comer todos porque, afinal de contas, ainda vinha o risoto.

E quando ele veio, bicho, quase choro na primeira garfada. Assim, eu amo risoto mas é sempre uma refeição muito pesada. Não sei o que esse tinha, mas era leve e delicioso como nunca provei. O prato veio decorado com uma parte de risoto de queijo e cebola caramelada e quero dizer a vocês que adicionem cebola caramelada ao todo risoto que comerem porque foi uma combinação fantástica.

À essa altura, eu já tava com o estômago de salgados cheio, mas, felizmente, ainda tinha o estômago de doces vaziozinho da silva. Pedi pra mesma moça me indicar uma sobremesa sem ovos (como o restaurante tem uma vibe natural, ninguém se espanta com pedidos de vegetarianos). Ela perguntou se eu comia queijo (fofa!) e sugeriu uma tarte de frutas vermelhas e queijo cremoso. Aceitei a sugestão e foi ótimo.

Sabe aquela sobremesa sem muito açúcar? Pronto. Essa era meio doce, meio azedinha, perfeita. O recheio era uma mistura dessa calda de frutas com um queijo que acredito ser cream cheese. Como ela era gigante, não aguentei comer tudo, mas levei a metade restante pra casa e foi a alegria da madrugada.

Resumindo, saí de lá quase tendo que folgar o cinto mas valeu cada garfada. Sem contar que o preço ainda foi ótimo, comi isso tudo e gastei, tipo, R$40. Sério, vocês não sabem como eu lamento não ter levado a câmera pra ter fotos que façam jus ao tanto que tava apetitoso esse almoço, mas acho que, mesmo as fotos feiosas do celular já dão uma ideia. :)

Quem for pra Buenos Aires, por favor, não deixe de conhecer. Ainda rende uma volta por Palermo Soho depois do almoço. ♥